Hoje comemoramos todos os profissionais que dominam a técnica do tingimento, da lã, juta, algodão, seda etc. Essa arte é tão antiga quanto a humanidade, acredita-se que foi descoberta por acaso, talvez, por causa de alguma mancha acidental.
O certo é que a possibilidade de alterar as cores e brincar com seus matizes sempre aguçou a criatividade do ser humano. No Egito, há mais de seis mil anos antes de Cristo, as roupas tingidas pelas cores vibrantes eram privilégios dos faraós e sacerdotes, estabelecendo uma divisão de castas sociais.
As mulheres e homens usavam pinturas no rosto e nos cabelos, extraídas de raízes e cascas de árvores, misturadas com óleos e gorduras especiais que lhes davam consistência e durabilidade. Essas técnicas foram difundidas pelas margens do Nilo e ultrapassaram as fronteiras do continente, se mesclaram com às já conhecidas pelos outros nativos e assim foram disseminadas por todos os povos do mundo.
Sabemos também que através das combinações das cores e tipos de técnicas de tinturaria são reconhecias muitas civilizações e suas etnias. Esse dia foi escolhido para comemorar os tintureiros por ser o dia de sua padroeira, Santa Lídia, canonizada pelo papa Baronio em 1607. Ela foi uma das primeiras cristãs na Europa. Judia comerciante de púrpura, converteu-se ao cristianismo, batizada por São Paulo. Sua cidade, Tiatira, na Ásia, se notabilizou pelos famosos tecidos de púrpura e pela indústria de tinta de fios.
A evolução da humanidade trouxe modernidade às técnicas que foram adaptadas à novos processos industriais. A partir do início deste século, devido a maior facilidade, tempo e menor custo no tingimento químico, foram introduzidos os corantes sintéticos, que praticamente substituíram os tingimentos com corantes naturais.
Os profissionais técnicos das várias seções produtivas da indústria da tinturaria são: encarregados, quadros médios, chefes-de-turno e técnicos de laboratório. Têm formação acadêmica, com conhecimentos específicos e complementares na área de tinturaria de fio, aprofundando conceitos que lhes permitem relacionar o tipo de bobinagem, maquinaria utilizada e processo de tingimento com a fibra a tingir.
Atualmente o processo industrial de tingimento é oferecido pelas compactas "Lavanderias/Tinturarias" que reciclam roupas usadas e à preços acessíveis à população. Nesse caso o tingimento é feito através de sistema moderno com máquinas desenvolvidas especialmente para este fim, oferecendo um resultado de alta qualidade e confiabilidade. No caso do jeans, por exemplo, após um processo especial, ele poderá receber uma das trinta cores do mostruário que a pessoa pode optar.
O resultado final é de uma peça impecável de visual novo e a um preço até cinco vezes menor de um jeans novo de marca. Os donos desses pequenos estabelecimentos são os vanguardistas dos primeiros tintureiros, e recebem as homenagens hoje também.
Há uma música, da cantora brasileira, Claudia Leitte, que fala dos Tintureiros.
Confira:
Eu quero ver tingir, tingir, tingir, tintureiro
Eu quero ver tingir, tingir, tingir, tintureiro
Tingir o cabelo da menino
Sei que toda vez eu penso nele
E o meu pensamento vale ouro
E eu cuido bem desse tesouro (2x)
Eu quero ver se o nosso amor ainda presta
Pois essa luz, essa luz não me interessa
E vem você
Tinge o seu cabelo, nêgo
Só para me esquecer
Só porque eu sou black nagô
Não vem dizer que o nosso amor virou festa
Pois eu não sou personagem dessa peça
E vem você
Tinge o seu cabelo, nêgo
Só para me esquecer
Só porque eu sou black nagô
[Rap]
Seja qual for a cor esse teu black mexe
Se eu quiser ver tintureiro vou para Marrakach
Terra dos ancestrais, isso eu não nego
Se ?pam?, pintou o cabelo, para mim, é prego
Para que negar o seu nagô, minha princesa?
Se tudo que vem de você vem da natureza
Negro é a cor do meu antepassado
Black, mameluco, índio, tudo misturado
Antes de ver minha cor, lembre que eu sou gente
Tonalidade de epiderme é indiferente
A esse suingue que eu carrego na percussão
Não vejo cor na voz que vem do coração
Se eu não tenho cor e se eu não tenho raça
Logo você tingir cabelo para fazer pirraça?
Quatro mil tons de black, branco, verde, azul, anil
Posso olhar a cor do meu Brasil
Eu quero ver tingir, tingir, tingir, tintureiro
Tingir o cabelo da menino
Sei que toda vez eu penso nele
E o meu pensamento vale ouro
E eu cuido bem desse tesouro (2x)
Eu quero ver se o nosso amor ainda presta
Pois essa luz, essa luz não me interessa
E vem você
Tinge o seu cabelo, nêgo
Só para me esquecer
Só porque eu sou black nagô
Não vem dizer que o nosso amor virou festa
Pois eu não sou personagem dessa peça
E vem você
Tinge o seu cabelo, nêgo
Só para me esquecer
Só porque eu sou black nagô
[Rap]
Seja qual for a cor esse teu black mexe
Se eu quiser ver tintureiro vou para Marrakach
Terra dos ancestrais, isso eu não nego
Se ?pam?, pintou o cabelo, para mim, é prego
Para que negar o seu nagô, minha princesa?
Se tudo que vem de você vem da natureza
Negro é a cor do meu antepassado
Black, mameluco, índio, tudo misturado
Antes de ver minha cor, lembre que eu sou gente
Tonalidade de epiderme é indiferente
A esse suingue que eu carrego na percussão
Não vejo cor na voz que vem do coração
Se eu não tenho cor e se eu não tenho raça
Logo você tingir cabelo para fazer pirraça?
Quatro mil tons de black, branco, verde, azul, anil
Posso olhar a cor do meu Brasil
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